Ao criar o meu Blog, a 20 de Julho de 2008, fi-lo por convicção de que tenho algo para transmitir a quem me queira consultar com a regularidade que procurarei seguir como o faço com a imprensa há muitos anos. Neste momento tenho uma crónica semanal no prestigiado jornal "AVEZINHA", que se publica em Paderne, a principal freguesia do Concelho de Albufeira/Algarve, desde 15 de Novembro de 2004. Este jornal é mesmo "sui generis", visto que foi criado por três Mulheres há 87 anos, o que revela uma faceta que merece rasgados elogios, uma vez que em 1921 primeiro quartel do século XX, as mulheres ainda eram consideradas seres de segunda classe, quase comparadas aos animais domésticos que serviam somente para satisfazer os caprichos masculinos, apesar de nessa altura se viver na nossa primeira Republica, e só isso lhes deu essa possibilidade de avançar com um insipiente mas corajoso jornal. A "Avezinha" tem passado ao longo destes 87 anos por várias fases como aliás qualquer empreendimento dessa idade, mas desde que o actual Director, meu ilustre amigo Arménio Aleluia Martins tomou as rédeas do jornal, há algumas décadas, fez dele o mais importante orgão da imprensa regional algarvia, com uma total independência e arrostando com cobardes ameaças que não o derrubam nem tão pouco o fazem mudar de rumo , e faz muito bem porque estamos a atravessar um novo periodo de murdaça, só comparado aos velhos tempos da Pide, como focava recentemente o Ilustre Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. António Marinho Pinto. Neste Editorial ficam definidas algumas linhas mestras do que será o conteudo deste Blog - lutarei contra todos aqueles que usem da ameaça para com a imprensa, quer ela seja escrita, falada ou televisionada, praticada por pessoas altamente responsáveis e conscientes dos problemas que o País atravessa no contexto da globalização.
Tal como irei expor as minhas e só minhas opiniões, espero iguamente as criticas construtivas que possam estabelecer um diálogo com os que me derem o prazer de me lerem. Mas, se o não fizerem também não me zangarei seja com quem for, continuando a escrever sempre, até que a mão me doa. E, por agora fico-me por aqui, até ao próximo artigo. Boas férias para aqueles que ainda as podem ter. Para os outros que não as têm a minha solidariedade.
Manuel Aires
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